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18 de outubro de 2012

REVIEW | The Truth About Love | Pink

O sucesso de um álbum, o torna eficaz por um lado e duvidoso por outro. Tudo porque, o público sempre aguarda um sucessor aos pés ou melhor que o anterior. Esse tipo de preocupação, com Pink, os fãs não tem. Desde "I'm Not Dead", a americana vem produzindo um álbum melhor que o outro. E era justamente, um sucessor aos pés de "Funhouse" que todos esperavam. "The True About Love" é isso, a continuação do que a cantora e compositora sabe fazer de melhor, que é expressar em suas letras o seu momento, o que ela tem vontade de falar e fala. A versatilidade e a presença dos já conhecidos palavrões, levam a estupidez de Pink, a um nível de reconhecimento ainda tímido, mais assassino. Após mais de dez anos de carreira, a cantora consegue enfim, colocar seu primeiro dos seis álbuns de estúdio, no topo de diversos países, inclusive nos Estados Unidos. E a explicação pra isso é simples, ela retratou a verdade sobre o amor como nenhum outro cantor no mercado fonográfico retrataria. 
Em "Are We All We Are", uma batida exométrica e crescente introduz a música, até a chegada do grande destaque: um refrão explosivo, com uma jogatina rápida, letra versátil, fácil e revoltante. Um dos grandes trunfos do álbum. "Blow me (One Last Kiss)" é o que todos esperam de um primeiro single de Pink. Excêntrica e fugaz, a música explora os vocais da cantora, que exalta assim como em 80% do álbum, toda sua potencia vocal, ora vez exageradamente, no refrão da música. Com temperos pop rock, Blow me teve uma boa repercussão e atingiu a quinta colocação na Billboard. A "Sober" do The True About Love é "Try", uma balada rock retrô, com ênfase em uma letra de auto-superação funcional, que fez desse romance cântico, algo infernal e poderoso. Mais a bola do álbum é "Just Give me a Reason". Honesta e sentimental, a música começa com um piano suave enquanto Pink declama versos apaixonados, para que, logo em seguida, batidas sintetizantes alcancem o ápice da música com um refrão comovente e nostálgico. E pra completar, a música ainda conta com a participação do cantor Nate Ruess, da banda fun., que engrandece ainda mais a canção com seus versos tão quão apaixonados quanto os de Pink. É notável que a cantora com o tempo, deixou suas músicas com uma pegada mais pop e menos rock. Prova disso é "True Love", que em algum momento deve virar single do álbum. Tem um apelo radiofônico muito grande, uma letra piegas à lá "Please don't leave me". O único ponto negativo da música é a participação de Lilly Allen que, muito curta, passa quase que por despercebida, uma vez que Pink tem o domínio da canção do início ao fim. O curioso é que o que eu havia dito anteriormente dela ter deixado mais suas músicas com cara pop do que rock, não se aplica em "How come you're not here" e "Slut Like You". Aliás, a segunda tem todos os ingredientes para se tornar a "So What" do álbum. Com um refrão mais amigável e popularesco, e uma letra ainda mais irônica, a música tem um apelo sexual tão versátil e divertido, que compará-la a "S&M" de Rihanna seria uma ofensa a cantora de Barbados, uma vez que agora ela só faz álbuns com apologia a sexo, drogas e #1. A faixa-título do álbum é pra mim um dos maiores destaques do cd. É o momento em que Pink conta como a gravidez mudou sua vida e fez com que ela descobrisse a tal verdade sobre o amor. "Beam me up" é uma tentativa mal-sucedida de criar algo emocionalmente parecido com "I don't believe you". A baladinha explora bem a voz de Pink, mais não cola. Para os fãs de final de semana, "Here comes the weekend" é o pedido certo. Provavelmente será um dos maiores sucessos do álbum quando for lançada. Com uma batida frenética, uma pegada guetto e rap de rua e a colaboração de midas de Eminem com seus versos afiados, a música tem tudo pra se tornar um hino para baladeiros de plantão. "Where did the beat go" é ousada e desafiadora, justamente por não ter nada a ver com o estilo de Pink. E "The Great Escape" é tão desnecessária, que mais funciona como um 'tapa-buraco' pra encher linguiça. Enquanto faixas como The Great Escape não se aplicam ao conceito do álbum, nos bônus temos dois destaques: "Is this thing on?" e a fantástica "Run". Essa última, pode até render alguma surpresa mais pra frente, já que, pra mim é a balada mais forte e envolvente do cd, te seduzindo de primeira e, por incrível que pareça, a curta participação de Lilly Allen no final da música aqui, faz toda diferença na sutilidade que a canção exige e com sucesso, passa.
"Blow me" e "Try" foram escolhidas inicialmente para singles, e cada uma delas respectivamente, ganhou seus respectivos vídeos. O primeiro, em preto e branco não agradou. Estrategicamente após a primeira apresentação do single e o aumento das vendas digitais, gravadora e cantora decidiram lançar a versão colorida do clipe, que enalteceu melhor o conceito adotado. Já em "Try", tudo ficou impecável. "The true about love" assim como qualquer álbum tem seus altos e baixos. A personalidade forte de Pink presente em todos os seus cds, é a real marca que faz dela uma das melhores e mais completas cantoras da nossa geração. A longa distância, fica difícil dizer se esse é o melhor álbum do ano, tendo em vista que, ainda faltam pouco mais de dois meses para o fim de 2012. Mais de uma certeza, todos temos: se não é o melhor, está entre eles.

REVIEW | The Truth About Love | Pink | 84 % de aprovação
Geração POP | Destaques: Just Give Me a reason, Try, The Truth About Love, Run, Here Comes The Weekend, All We Are We Are, True Love, Slut Like You, Blow Me.




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